Saturday, April 24, 2010

COMO MANTER A FLORA INTESTINAL SAUDÁVEL
O organismo humano enfrenta uma série de agentes causadores de doenças e precisa dos mecanismos de defesa . Os principais são: o sistema imunológico, o fígado e as bactérias benéficas que habitam nosso intestino.
Um dos alimentos que melhoram nossa flora intestinal são os prebióticos, como as fibras. As colônias de bactérias benéficas que vivem no intestino grosso se alimentam dela.
Uma dieta rica em fibras pode ajudar a evitar o câncer de intestino e outras doenças.
Existe cerca de 100 milhões de bactérias no intestino adulto, o que significa em peso, pouco mais de um quilo.
Praticamente todas as bactérias que habitam o nosso intestino são encontradas no cólon, a parte mais longa do intestino grosso.
Essas bactérias benéficas também são conhecidas como flora intestinal. Existem centenas de espécies diferentes. No entanto, apenas cerca de quarenta espécies são responsáveis pela maioria das bactérias intestinais e, em sua maior parte, são benéficas. As principais famílias são conhecidas como Lactobacillus e Bifidobacterium.
Em uma situação ideal, as boas bactérias estão adaptadas ao seu meio intestinal. Por isso, normalmente prosperam e inviabilizam a proliferação de bactérias nocivas. No entanto, sempre estamos em contato com bactérias potencialmente danosas via alimentos, quando colocamos alguma coisa na boca, beijo, etc. Assim, as bactérias benéficas precisam estar sempre numerosas, bem alimentadas: em estado de alerta.
Nossa parte é simples: fornecermos um meio ideal para viverem. E o melhor é que as alimentamos apenas de resíduos, ou seja, subprodutos da nossa alimentação.
As bactérias benéficas sobrevivem se alimentando, ou seja, fermentando as fibras alimentares, provenientes dos alimentos de origem vegetal. Esse é um dos motivos pelos quais devemos consumir diariamente frutas e hortaliças. O organismo não digere as fibras, que passam direto para o cólon, onde as bactérias se alimentam delas.
Existem dois tipos de fibras: as solúveis, que absorvem água, e as insolúveis, que não absorvem água. Nozes, sementes, ervilhas, feijões e lentilhas fornecem grande quantidade de fibras solúveis. As fibras insolúveis são encontradas, por exemplo, no arroz integral,granola, fibra de trigo,etc.
As fibras solúveis fermentam mais facilmente do que as insolúveis. O principal papel das fibras insolúveis é ocupar espaços, facilitar absorções e criar condições ideais de liberação de nutrientes de volta para o organismo.
A fermentação das fibras produz substâncias benéficas. As bactérias da família Lactobacillus produzem ácido láctico, que reduz significativamente a concentração de bactérias prejudiciais. Podem também produzir as vitaminas K e B12, que são assimiladas via parede do cólon. A fermentação que ocorre dentro do cólon nos ajuda a absorver sais minerais e alguns produtos da fermentação que podem ajudar a combater o câncer.
Na verdade, cerca de 10% de nossa energia provém do processamento das fibras dentro do intestino.
As boas bactérias desempenham diversos outros papéis importantes. Por exemplo, elas melhoram nosso sistema imunológico, consomem também alguns gases produzidos pelas bactérias prejudiciais, reduzindo a quantidade que temos de "expelir". Agora que você já se convenceu de que precisa manter as bactérias benéficas saudáveis, deve estar pensando: "Mas como farei isto?".
Ingerir mais fibra, é a resposta - ter uma alimentação rica em fibras é um modo de garantir a manutenção de uma flora intestinal saudável.
Os efeitos positivos sobre a flora intestinal dependem do consumo regular de: Alimentos ricos em fibras solúveis, também conhecidos como prebióticos, de preferência pela manhã, e outras 2 vezes ao longo do dia; Determinados grupos da população podem ser mais vulneráreis a distúrbios gástricos, como idosos, crianças pequenas e pessoas que viajam muito. Nestes casos poderiam se beneficiar do consumo de alimentos enriquecidos com probióticos, que contém em iogurtes, bebidas fermentadas, missô (pasta de soja) e alguns suplementos à base de lactobacilos e bifidobacterium.

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