Tuesday, June 28, 2011

FESTA JUNINA
O mês de junho é marcado pelas festas juninas, suas bandeirinhas, quadrilhas e pelas fogueiras.

Para o sucesso da festa não podem faltar também os pratos típicos e como o mês de junho é a época da colheita do milho, esse ingrediente tem destaque no cardápio junino.

O milho é utilizado na alimentação humana há séculos, é um alimento comum principalmente dos povos que se originaram das civilizações Asteca, Maia e Inca.

O milho é um cereal rico em carboidratos, por isso é um alimento energético. Vai garantir o animo e a disposição para a quadrilha.

O milho é também rico em fibras que ajudam na saciedade, sendo o prato sugerido para aqueles que querem aproveitar a festa sem engordar. Opte pela espiga de milho cozida ou pela pipoca, mas dispense a manteiga.

Também encontramos no milho minerais importantes como o fósforo e o potássio e vitamina E de ação antioxidante.

É uma alternativa sem glúten a cereais como trigo e aveia, sendo uma boa opção para portadores de doença celíaca e intolerantes ao glúten.

O milho pode ser consumido verde, em espigas cozidas. O milho maduro é usado moído na forma de farinha, fubá ou amido de milho usado no preparo de broas e bolos. Também pode ser usado em preparações doces como curau e pamonha.

Não vamos esquecer também do milho branco o usado no preparo de canjica com características nutricionais equivalentes a do milho amarelo.

Sunday, June 19, 2011

     PÃO DE MEL   
Ingredientes:

- 1 lata de condensado de soja

- 2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral


- 2 xícaras (chá) de bebida vegetal de arroz


- 1 xícara (chá) de farinha de trigo


- ½ xícara (chá) de mel orgânico


- 3 colheres (sopa) de canela em pó


- 1 colher (sopa) de cravo em pó


- 1 colher (sopa) de fermento biológico


- raspas de chocolate amargo (70% cacau)


Preparo:

Em um liquidificador bater o condensado de soja, a bebida de arroz, o mel, a canela e o cravo. Transferir a mistura para uma tigela e acrescentar as farinhas e o fermento, até obter uma mistura homogênea. Colocar a massa em uma assadeira grande untada e polvilhada e levar ao forno pré-aquecido por, aproximadamente, 20 minutos. Cortar a massa em pequenos quadrados e jogar as raspas de chocolate por cima.


O mel contém substâncias que agem como antibióticos naturais. É eficaz contra os sintomas de gripes e resfriados. O chocolate amargo 70% cacau é considerado um alimento funcional. O cacau é fonte de flavonóides de ação antioxidante, que auxiliam na redução dos níveis de LDL colesterol, é modulador da função imunológica e inflamação.


Rendimento: 25 unidades

Valor calórico por porção: 78 calorias

Sunday, June 12, 2011

O INVERNO ESTÁ CHEGANDO.CUIDE DO SISTEMA IMUNOLÓGICO.


O sistema imunológico inclui vários órgãos e glândulas que trabalham juntos para manter o organismo em equilíbrio. No período do inverno, geralmente, ocorre uma queda da imunidade e com isso há aumento da incidência de doenças como gripes e resfriados. A prevenção é a chave para a manutenção da saúde durante esta estação do ano.

As vitaminas, minerais e fitoquímicos presentes nos cereais integrais, legumes, verduras e frutas, se consumidos regularmente, podem estimular o sistema imunológico e nos proteger de gripes, resfriados e infecções comuns ao inverno.

A ingestão de líquidos é fundamental para o alívio dos sintomas.

Não se esqueça da prática regular de atividades físicas, que estimula o funcionamento do sistema imunológico deixando as pessoas mais resistentes a gripes e infecções.

Conheça os alimentos importantes na imunidade

Acerola - fruta riquíssima em vitamina C de ação antioxidante que estimula a resistência, sendo responsável pelo aumento da atividade imunológica do corpo. A vitamina C age na reconstituição dos leucócitos em períodos de queda de resistência. Pode ser consumida in natura, na forma de sucos ou em cápsulas.

Alho: fonte de aliina e alicina, substâncias de potente ação antioxidante, estimula a resposta imunológica, prevenindo as gripes comuns no inverno. Atua no combate a infecções e inflamações. Use amassado no feijão, sopas, em temperos de saladas ou se preferir, cápsulas de óleo de alho.

Chá verde e branco: ricos em catequina e epicatequina, poderosos antioxidantes que atuam no combate aos radicais livres. Possui ação imunoestimulante, fortalecendo o sistema imunológico. Pode ser consumido na forma de chá ou cápsulas.

Cogumelo Shiitake - esse cogumelo possui lentinan, uma substância que aumenta a produção das células de defesa do organismo. Acrescente o shiitake em receitas como arroz integral, molhos para massas e saladas.

Geléia Real: estimula o sistema imunológico e combate as infecções de vírus e bactérias. Encontrada in natura e em cápsulas.

Gengibre: é imunoestimulante, possui ação expectorante, reduz a inflamação e a dor. Com a raiz, faz-se os chás e em pó, pode ser adicionado em sucos e receitas diversas.

Mel: ação bactericida e anti-séptica. É um bom coadjuvante no tratamento de problemas pulmonares e da garganta. Contém substâncias, que agem como antibióticos naturais. Não deve ser fervido para que não perca suas propriedades. Pode ser consumido puro, em sucos, vitaminas, frutas.

Óleo de coco: rico em ácidos láurico e caprílico, o óleo de coco possui atividade antiviral e antibacteriana. Diversos estudos mostram seu efeito imunomodulador. Use em sucos, shakes, vitaminas ou como substituto da manteiga em pães.

Probióticos - possuem microorganismos vivos que recuperam a microbiota intestinal e fortalecem o sistema imunológico. Encontrado em pó ou cápsulas.

Suco verde: fonte de zinco, ferro e vitamina C, nutrientes antioxidantes que reforçam o sistema imunológico. Pode ser feito com polpa de clorofila ou com folhas de couve.

Própolis: fonte de flavonóides que auxiliam no combate às doenças que atacam o homem. Atua como “Antibiótico Natural”. Eficaz em casos de inflamação e infecção na garganta, além de ajudar no combate a tosses.

Pólen: rico em proteínas, vitaminas e minerais que ajudam na formação de anticorpos, fortalecendo o sistema imunológico. É um alimento versátil, que pode ser consumido puro ou adicionado em diversos alimentos, como sucos, iogurtes, vitaminas, frutas saladas, no preparo de pães, bolos e cookies.
SUCO DE MARACUJÁ LARANJA E GENGIBRE
Ingredientes:

- 3 copos de suco de laranja, de preferência orgânicas
- 4 maracujás, de preferência orgânicos
- raspas de gengibre a gosto
- mel orgânico a gosto


Preparo:


Retirar as polpas dos maracujás e transferi-las para o liquidificador. Adicionar os demais ingredientes e bater. Servir em seguida.

Rendimento: 08 porções
Valor calórico por porção: 187 calorias

O mel tem ação bactericida e anti-séptica. Contém substâncias, que agem como antibióticos naturais. Eficaz contra os sintomas de gripes e resfriados. O gengibre reduz a inflamação, é imunoestimulante e expectorante.

Monday, June 06, 2011

SOPA DE ABÓBORA COM AGRIÃO E GERGELIM
Ingredientes: 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 colheres (chá) de alho picado
2 colheres (sopa) de cebolinha picada finamente
2 xícaras (chá) de abóbora em cubos de 2 cm
3 xícaras (chá) de água mineral
2 xícaras (chá) de agrião picados finamente com seus talos
1 colher (chá) de Sal Marinho
1 colher (sopa) de Gergelim Integral

Modo de Preparo:
Em uma panela coloque o azeite de oliva com o alho e a cebolinha e salteie por 2 minutos. Acrescente os cubos de abóbora e misture. Cozinhe tudo por mais 5 minutos. Adicione a água e deixe cozinhar por mais 15 minutos. Acrescente o agrião, o sal, polvilhe o gergelim por cima e sirva.

Rendimento: 4 a 6 porções
Tempo de preparo: 30 minutos

O Gergelim Integral é uma das maiores fontes vegetais de cálcio. Além disso, ele dá um toque de sabor super especial a essa receita.
DICAS NATURAIS ANTI-ESTRESSE
To estressado!” Quem nunca ouviu ou nunca falou essa frase? Principalmente pra quem mora nas grandes cidades, essa frase já ta virando dito popular. Ansiedade, irritação sem motivo, insônia, falta de ar, coração disparado, cansaço mental... tudo isso junto com um monte de obrigações, “pressões” e responsabilidades sociais que fazem com que a pessoa estressada se sinta sufocada e incapaz de fazer tudo o que precisa.
É claro que para acabar com o estresse, temos que considerar um monte de fatores diferentes, e um deles é a alimentação, afinal é por ela que o corpo produz as substâncias certas para nos dar aquela tão desejada sensação de bem-estar e de relaxamento.  Por isso, escolhemos 10 dicas de alimentação natural e bem-estar para ajudar a mandar o estresse* pra bem longe.

1 - quanto mais integrais, melhor – isso porque do contrário, os produtos refinados (como pães, bolos, biscoitos e massas feitos com farinha branca, além dos doces feitos com muito açúcar), costumam ser pobres em nutrientes e fibras, fazendo com que a glicose do sangue aumente muito rápido e despenque logo depois. Esse sobe-e-desce nos níveis de açúcar do sangue (glicemia) estressa o organismo e pode causar diabetes. Com os alimentos integrais acontece exatamente o contrário: cheios de nutrientes e fibras, eles dão energia, melhoram a disposição e previnem o estresse;
2 - ômega-3: a favor do bom humor e da noite tranqüila - alimentos ricos em ômega-3 como a linhaça ajudam (e muito!) na produção das substâncias que melhoram o humor e ajudam dormir bem;

3 - chás bons para desacelerar
– invista na camomila, erva doce, capim cidreira, melissa e nas folhas de maracujá;
4 - cuidado com bebidas estimulantes – se estiver se sentindo estressado, evite café, chá preto, guaraná natural e refrigerantes à base de cola. Prefira sucos de frutas naturais e água mineral, além dos chás calmantes;
5 - manere no sódio – ele está no sal de cozinha e pode aparecer em grandes quantidades em produtos como salgadinhos e macarrões instantâneos convencionais, molhos e caldos artificiais. O sódio é um dos culpados por disparar muito cortisol** (“hormônio do estresse”) no nosso corpo. Por isso, prefira as ervas naturais para tempero e coloque pouco sal nos alimentos (o ideal é consumir em um dia mais ou menos 1 colher de chá de sal de cozinha, de preferência, do tipo sal marinho);
6 – tranquilidade na hora de comer – como a mamãe já dizia, “hora de comer é hora sagrada!”. Ela estava coberta de razão. Se tem um momento do dia em que realmente temos que estar tranqüilos e livres de preocupação, é na hora da refeição. Se não for assim, a digestão não vai acontecer do jeito certo, e isso vai virar um prato cheio para disparar o tal do “hormônio do estresse”;
7 - adote um bichinho de estimação – hoje já está mais que provado que ter um animalzinho de estimação em casa faz um bem enorme e dá aquela força no tratamento do estresse e da depressão. Se gostar da ideia, você pode garantir o seu e fazer uma boa ação ao mesmo tempo: a dica é procurar ONGs na sua cidade que cuidam da adoção de cães e gatos de rua;

8 - respire fuuuundo
– é assim que você ajuda a levar mais oxigênio para todas as células do corpo, e de quebra, ainda ganha uma sensação de calma ótima para colocar as emoções e os pensamentos no lugar;
9 - mexa o corpo, relaxe a mente – se uma coisa que ninguém discute é que a atividade física faz um bem enorme. Para o corpo e pra alma. Para corpo porque dá uma força na hora dele produzir aquele monte de substâncias que fazem a gente se sentir bem. E para alma porque, se for feita com prazer, ala vai ajudar muito a “esfriar a cabeça”, a lidar melhor com as emoções e com o estresse. Mas se você não é lá muito fã de academia ou coisa parecida, use a criatividade: reúna os amigos para um futebol ou um vôlei, leve o cachorro para passear, dê uma caminhada no parque ouvindo uma boa música ou pegue a bicicleta para dar uma volta pelo bairro. O que vale é não ficar parado;
10 - lazer é preciso – ele é praticamente uma “obrigação” de tão importante. Os momentos de lazer são essenciais para “recarregar as energias” e evitar o estresse. E nem precisa ir muito longe se não der: chame os amigos em casa de vez em quando, vá ao cinema, leia um bom livro, ouça boas músicas, programe um fim de semana diferente e gostoso... Ou mais simples ainda: reserve uns minutinhos para ficar “a sós com você” todos os dias, só relaxando e pensando em coisas boas. Parece pouco, mas nosso corpo precisa muito desse intervalo entre uma responsabilidade e outra para poder “se desligar”, renovar os ânimos e seguir bem, sem estresses.
ABACATE PREVINE CÂNCER DE BOCA
Os nutrientes contidos no avocado, tipo de abacate originário da Califórnia, possuem propriedades preventivas no desenvolvimento de células pré-cancerígenas. É o que revela estudo desenvolvido pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, cujo objetivo é associar o consumo de frutas e vegetais na redução do risco de vários tipos de câncer. 
Pesquisadores descobriram que o extrato do avocado Hass mata ou paralisa o crescimento de células bucais pré-cancerígenas. A variedade  Hass é encontrada, no Brasil,  de maio até final de outubro. Possui casca rugosa, formato arredondado e quando maduro, fica macio e com a casca escura.
O efeito preventivo desse tipo de abacate é atribuído ao alto nível de fitonutrientes e fitoquímicos, componentes que conferem propriedades protetoras à saúde, comumente encontrado em frutas e vegetais de cores mais escuras.

“Farmácia” in natura
O avocado é  fonte  rica em antioxidantes e fitonutrientes, incluindo vitamina C, folato, vitamina E, fibras e gorduras insaturadas. São isentos de sódio, não possuem gorduras trans e possuem um baixo índice de gorduras saturadas, o que o transforma num item importante, de baixa caloria para uma dieta saudável.
Acredita-se que esse seja o primeiro estudo que relaciona as propriedades do abacate com o câncer bucal no Centro de Câncer em Ohio.
Os componentes fitoquímicos do avocado não só paralizam o processo de crescimento das células pré- cancerígenas, como também matam esse tipo de células, sem destruir as células normais. Esse estudo tem como foco o câncer bucal, entretanto, a descoberta pode auxiliar outros tipos de cânceres.
O futuro é promissor. Estão sendo identificadas frutas, vegetais e fitonutrientes com atividades de prevenção ao câncer. Assim que são identificadas os mecanismos moleculares pelos quais os fitonutrientes agem na prevenção ao câncer, estarão, cada vez mais, aptos a desenvolver coquetéis naturais para combater certos tipos de câncer.

Thursday, June 02, 2011

SUA COMIDA É REALMENTE SAUDÁVEL

Muitas pessoas quando falam de comida saudável pensam que para ser saudável basta ter poucas calorias, o que não é verdade.

O alimento além de sabor e saciedade tem o importante papel de fornecer os nutrientes que nosso corpo precisa para se manter vivo e funcionando.

Nosso corpo é formado por 100 trilhões de células. Destas, 50 milhões são renovadas a cada dia. Para que ocorra esta renovação é necessário ingerir aproximadamente 44 nutrientes para cada célula.

Assim saudável será o alimento que forneça o maior número desses nutrientes, não importando apenas seu valor calórico.

Para escolha de alimentos realmente saudáveis, a leitura dos rótulos e seu entendimento são fundamentais. Não olhar apenas a tabela de valor nutricional, mas a lista de ingredientes.

O ingrediente listado em primeiro é o que está em maior quantidade na formulação do produto, então procure evitar aqueles que têm como maior ingrediente o açúcar ou a farinha de trigo especial, pois são alimentos refinados, sem nutrientes e de alto índice glicêmico. Seu consumo está relacionado à maior risco de acumulo de gordura na região abdominal e também de diabetes.

Evite também os alimentos com grandes quantidades de gorduras saturadas ou gorduras trans. O consumo dessas gorduras aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Vale destacar que a gordura não é vilã na alimentação desde que seja gordura insaturada, de origem vegetal, como o azeite de oliva, óleo de linhaça, de semente de abóbora ou de canola.

O excesso de sódio também é prejudicial à saúde e predispõe a hipertensão arterial. Assim a dica é dar preferência a produtos com baixo %VD para gorduras saturadas, gorduras trans e sódio e produtos com alto %VD de fibras.

Muitos dos alimentos que consideramos saudáveis além de não ter nutrientes em suas listas de ingredientes vemos vários aditivos químicos de cor, sabor e para preservar os produtos. O consumo exagerado desses aditivos em crianças pode estar relacionado à hiperatividade, déficit de atenção e alterações de humor e do comportamento. Em adultos leva a intoxicação que está relacionada à inflamação, enxaqueca, dificuldade de concentração e de perder peso.

Desta forma de nada vale o alimento não ter açúcar, ser menos calórico se em sua formulação for usada grande quantidade de adoçantes artificiais, corantes e saborizantes.

Prefira alimentos naturais de verdade! Na hora de tomar um suco sempre prefira o suco da própria fruta, sem conservantes, aditivos e açúcar e ricos em vitaminas e antioxidantes.

Incluir os alimentos orgânicos no cardápio garantem que o alimento é isento de contaminação por agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes químicos.

Na hora de escolher o lanche opte por frutas secas, sem adição de açúcar ou sabores artificiais.

Se a escolha for por uma barra de cereal opte pela que tem menos açúcar e gordura e maior teor de fibras.

Quando for comer a salada tempere com azeite e ervas, evite os molhos industrializados cheios de gordura e glutamato monossodico.

Com essas dicas escolha realmente alimentos saudáveis e que proporcionam qualidade de vida!
OS IMPACTOS DA ALIMENTAÇÃO PARA O MEIO AMBIENTE
Quando falamos em sustentabilidade, pensamos em ações como não poluir, preservar áreas naturais, reciclar lixo, economizar água, dar preferência às fontes alternativas de energia etc. Mas raramente nos lembramos de relacionar uma de nossas atividades mais básicas com impactos negativos no meio ambiente: o ato de se alimentar. Nos primórdios da humanidade, a alimentação era baseada em frutas, raízes, carnes de animais caçados e outras fontes que não modificavam significativamente a natureza (pelo contrário, tudo fazia parte de um ciclo natural). Com o advento da agricultura e da domesticação de animais, há cerca de 12 mil anos, deu-se início à produção de alimentos.

A passagem do estado nômade para a fixação na terra marcou o início do que chamamos “desenvolvimento da humanidade”. Com o passar dos séculos, o homem foi criando novas formas de manejo do solo e as populações concentradas nas cidades cresceram em ritmo progressivo, aumentando a demanda por alimentos. Até que a chegada da Era Industrial, no final do século XVIII, intensificou a aglomeração de pessoas no ambiente urbano, colocando fim, definitivamente, na ligação direta que o ser humano tinha com a natureza para a obtenção de alimentos. O resultado disso tudo é uma agricultura transformada em indústria que passou a utilizar métodos artificiais, como fertilizantes e pesticidas químicos, irrigação, manipulação genética e uso de hormônios em animais, visando sempre o aumento da produção (e o lucro). Sem contar a dependência por combustíveis fósseis, inclusive no transporte, por longas distâncias, dos alimentos. É a cadeia alimentar industrial.

Se por um lado todo esse advento é considerado positivo, sendo denominado como desenvolvimento ou modernidade, por outro é fato que o modelo de alimentação industrializado é um forte candidato a causar sérios danos à conservação do meio ambiente e também à saúde do homem. E por incrível que pareça, a maior parte das pessoas atualmente não se dá conta disso. A origem dos alimentos que consome simplesmente não faz parte da sua lista de prioridades e a alimentação, o ato mais corriqueiro e básico do dia-a-dia, não é visto sob a perspectiva ambiental ou da sustentabilidade.

“Comer é um ato agrícola, disse, numa frase famosa, Wendell Berry (fazendeiro e economista americano). É também um ato ecológico, além de um ato político. Ainda que muito tenha sido feito para obscurecer esse fato bastante simples, o que e como comemos determinam, em grande parte, o que fazemos do nosso mundo – e o que vai acontecer com ele. (...) Muita gente hoje parece totalmente satisfeita comendo na extremidade da cadeia alimentar industrial sem parar para pensar no assunto”, escreve o jornalista norte-americano Michael Pollan, no seu livro “Dilema do Onívoro”. O jornalista passou cinco anos investigando os bastidores da cadeia industrial alimentícia nos Estados Unidos, reconstituindo o trajeto dos pratos mais consumidos e analisando o caminho percorrido pelo alimento da origem à mesa.

Insumos químicos, agrotóxicos, erosão do solo ...


Como afirma o jornalista norte-americano, comer é um ato ecológico, o que faz com que todo cidadão deva, idealmente, ficar atento à origem do alimento que consome e analisar criticamente as técnicas empregadas no sistema de produção. A qualidade e pureza dos alimentos, a sustentabilidade (social e ecológica) dos métodos de produção e os problemas e desigualdades existentes na sua distribuição são algumas das questões que devemos analisar em busca de uma alimentação mais sustentável. Em tempo: é fato que se produz alimento em quantidade suficiente para atender 100% da população mundial. Dificuldades de acesso aos alimentos pela parcela mais carente da sociedade decorrem de problemas sociais e econômicos, que por sua vez causam desequilíbrios na distribuição.

Destacando algumas problemáticas da agricultura moderna para o meio ambiente, uma primeira questão a ser analisada é o uso de insumos químicos. Visando melhorar a produtividade e assegurar índices de produção, agricultores costumam utilizar adubo e fertilizantes em suas plantações. O adubo mais simples, natural e antigo é o esterco, que misturado a restos de vegetais e fermentado de forma correta resulta no composto orgânico. Mas para ser empregado em larga escala, o processo do fertilizante natural se tornou inviável, economicamente falando. Para os empresários do agrobusiness, passou a ser mais rentável o uso de agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes, principalmente), inclusive para viabilizar o cultivo intensivo de uma única cultura em uma área (as monoculturas, principais vilãs da qualidade do solo).

Os fertilizantes industriais contêm altas concentrações de nitrogênio, fósforo, potássio e metais pesados. O nitrogênio, por exemplo, pode se acumular no solo e ser transformado, por processos químicos, em nitrato. Além de ser um composto cancerígeno, o nitrato pode contaminar o solo e também ser conduzido aos lençóis subterrâneos, contaminando a água.

Outro problema gerado neste cenário é o desequilíbrio ecológico causado pela própria prática da monocultura regada por fertilizantes químicos. Entre os principais indicadores do desequilíbrio está o aparecimento de pragas, doenças e ervas daninhas, que por sua vez são combatidas com agrotóxicos - inseticidas, herbicidas e fungicidas. Ou seja, mais uma carga de substâncias químicas tóxicas bombardeando o meio ambiente e a saúde de quem consome os alimentos, pois estes acabam guardando resíduos dos agrotóxicos e têm alta probabilidade de ficarem contaminados.

Como mais um remediador para o desequilíbrio ecológico conduzido pelo próprio homem e visando, sempre, produtos finais comercialmente mais lucrativos, entram em cena os alimentos transgênicos. Tratam-se de organismos geneticamente modificados (OGMs) desenvolvidos em laboratório. Entre os objetivos da manipulação genética está o de criar plantas mais resistentes a pragas ou até mais resistentes a determinados agrotóxicos. Alimentos transgênicos já são comercializados em vários países – entre eles o Brasil – e ainda há muitas controvérsias em relação aos prós e contras da manipulação genética para a saúde das pessoas e os impactos no meio ambiente. Enquanto os debates e as pesquisas avançam, o importante é o consumidor se informar e exigir a rotulagem dos alimentos transgênicos, de forma a ter condições de decidir por consumir ou não um OGM.

Erosão e o impacto do bife

Uma questão importante decorrente da agricultura moderna é o fenômeno chamado de “erosão genética”. A interferência do homem nas variedades tradicionais com a manipulação de plantas e animais pode consistir em uma ameaça para a diversidade genética, a principal responsável pela capacidade de resistência, imunidade e sobrevivência das espécies.

Quando falamos em erosão é importante também lembrar do processo de degradação do solo decorrente do uso de práticas agrícolas inadequadas e da monocultura combinada com a mecanização, o corte de espécies nativas, a queima da vegetação e a pecuária intensiva. Aliás, esta última rende um capítulo à parte na discussão sobre alimentação sustentável, visto que o aumento no consumo de carne e de seus derivados sobrepôs formas naturais (e mais éticas) de criação dos animais, sem contar os problemas ambientais decorrentes da pecuária.

Numa sociedade majoritariamente onívora, o “impacto do bife” passa por questões de ordem moral – não é à toa a afirmação de que se os abatedouros tivessem paredes de vidro, muita gente se tornaria vegetariana - e também de ordem ambiental. Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês) em 2006 alertou para o fato de que “estoques de animais vivos” mantidos para alimentação são responsáveis por 18% da emissão de todos os gases causadores do aquecimento global, porcentagem que supera, por exemplo, as emissões causadas por todos os veículos automotores do mundo somados.

O levantamento da FAO inclui as emissões de metano provocadas pelo sistema digestivo dos animais, as emissões de CO2 geradas pelas queimadas para a formação de pastos, a energia – quase sempre à base de queima de combustíveis fósseis – usada na fabricação de insumos agrícolas, a energia gasta na produção de ração e no bombeamento de água, a energia dos procedimentos de abate e processamento das carcaças, o combustível usado no transporte de animais vivos e de produtos processados de carne, entre outras questões relacionadas à pecuária.

Seja analisando as técnicas industriais agrícolas ou o modelo intensivo da pecuária, o fato é que a humanidade atingiu um limite perigoso na história de uma relação insustentável com a natureza para obtenção de fontes de alimentos. E nesse momento é importante que cada um, como consumidor, pare para pensar mais criticamente e faça escolhas mais criteriosas e cuidadosas. Como afirma o autor de “Dilema do Onívoro” em um dos trechos do livro, “a insensatez demonstrada na busca por alimentos não é um fenômeno novo. No entanto, os novos atos de insensatez que estamos cometendo na nossa cadeia alimentar industrial hoje são de um tipo diferente. Ao substituir a energia solar pelo combustível fóssil, ao criar milhões de animais em rígidas condições de confinamento, ao alimentar esses animais com comida para a qual sua evolução não os adaptou, e ao nos alimentarmos com comidas que são muito mais insólitas do que imaginamos, estamos pondo em grave risco nossa saúde e a saúde do mundo natural.”

O que o consumidor pode fazer em prol de uma alimentação sustentável


# Informar-se sobre a importância da agricultura sustentável e seus benefícios para a produção de alimentos, inclusive em relação à saúde dos indivíduos e ambientes.

# Apoiar propostas de produção regional, especialmente a familiar e a associada, com o objetivo de fortalecer a segurança alimentar local e reduzir o desperdício de energia no transporte.

# Exigir que os produtores respeitem as leis ambientais, assim como a legislação trabalhista, e que utilizem métodos menos impactantes ao meio ambiente, adquirindo produtos elaborados com este diferencial.

# Demandar que os vendedores de alimentos estimulem a produção ecológica, inclusive solicitando a certificação dos produtores por um organismo independente, para que possa ter certeza de que os mesmos cumprem todas as exigências ambientais.

# Organizar-se em cooperativas de consumo que estimulem a produção sustentável local e regional.