VITAMINA D E A MANUTENÇÃO DA SAÚDE
O estado nutricional de vitamina D e a manutenção da saúde é um dos assuntos mais estudados e discutidos na nutrição atualmente.A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, ou seja, é mais bem absorvida na presença de gordura. Ela é armazenada no fígado, podendo levar meses até seus estoques diminuírem no organismo.
A deficiência de vitamina D ocorre principalmente devido a pouca exposição à luz solar e vem se tornando uma epidemia, inclusive no Brasil, porque hoje é comum passarmos a maior parte do dia em ambientes fechados e usando bloqueadores solares para prevenção de câncer de pele. Filtros solares com fator de proteção 8 reduzem a produção na pele de vitamina D em 95% e um filtro com proteção 15 reduz em mais de 99% a produção cutânea de vitamina D.
O papel clássico da vitamina D está relacionado à maior absorção de cálcio e fósforo, minerais importantes para a formação óssea, daí o raquitismo em crianças e a osteopenia e a osteoporose em adultos e idosos serem os principais sintomas de sua deficiência.
Porém estudos comprovam que a deficiência da vitamina D tem relação com risco aumentado de diabetes mellitus, câncer e doenças cardiovasculares, ou seja, baixos níveis sanguíneos de 25 (OH) D3 - (forma de vitamina D medida no sangue)- podem levar a uma maior incidência de diabetes mellitus (DM), obesidade e hipertrigliceridemia.
Estudo indica ainda que o risco de infarto agudo do miocárdio foi 57% menor em pacientes com níveis sangüíneos adequados de vitamina D quando comparados com pacientes controles.
A forma ativa de vitamina D é um potente modulador de inflamação e exerce importante papel na inflamação crônica. Pesquisadores alemães encontraram forte relação entre baixos níveis séricos de vitamina D e altos índices de dor generalizada em ossos e nos músculos. Muitas vezes erradamente diagnosticado como fibromialgia e tratado com corticóides que diminuem ainda mais as taxas de vitamina D.
Vários trabalhos também têm mostrado que a deficiência de vitamina D é fator de risco para Diabetes. A vitamina D aumenta a secreção de insulina, por isso taxas sanguíneas adequadas da vitamina estão relacionadas à menor risco de desenvolvimento da doença.
Sugere-se que quando uma célula se torna maligna, a vitamina D, pode induzir a apoptose e prevenir a angiogênese, reduzindo a sobrevida das células malignas, daí seu papel na prevenção ao câncer.
As principais fontes de vitamina D são: óleos de fígado de peixe (bacalhau, atum, cação), salmão, atum e, principalmente, a ação da luz solar sobre a pele.
Além da ingestão de alimentos fonte recomenda-se o banho de sol 2 a 3 vezes por semana por um período de 15 a 30 minutos para se evitar a deficiência da vitamina D.
Em alguns casos se faz necessário o uso de suplementos alimentares de vitamina D, principalmente quando exames de sangue dosando a 25 hidroxivitamina D3 se encontram diminuídos.
Os valores de referência para essa vitamina são de 32 a 100ng/mL, sendo que o ideal é quando se encontram acima de 50ng/mL. Taxas sanguíneas inferiores a 20ng/mL sugerem risco aumentado para síndrome metabólica.
A ingestão diária recomendada é de 200UI para crianças e adultos até 50 anos. Após os 50 anos a quantidade recomendada é de 400UI, sendo em alguns casos necessário o uso de suplementos.